segunda-feira, 28 de julho de 2014

Véus de mármore: A arte em estado puro que parece magia

Se esculpir em mármore já é um das artes mais complicadas que existe, já que as peças não podem ser retocadas, pois caso se dê uma cizelada errada e é preciso começar de novo, esculpir véus ou teias em mármore é algo incrível, quase mágico.

"A virgem com véu" é uma das coisas mais impressionantes que se pode ver na vida. Este efeito de transparência foi criado pelo artista italiano Giovanni Strazza, no qual, não se sabe a data exata da criação dessa peça, mas teria sido por volta de 1850.

A dificuldade de conceber um véu sobre o rosto de uma estátua, não é nada fácil, ainda mais em um material que está entre os mais duros: O mármore, com dureza mineral 3 - escala Friedrich Mohs.

Outro problema é que ao mármore não se adiciona, a peça é realizada removendo pequenos pedaços. Simplesmente é removido tudo o que não faz parte da figura, a partir de um bloco.

Outras grandes esculturas criadas com formosos véus de mármore:




Imaginem o nível de dificuldade de talhar sem quebrar, sem errar, sem poder corrigir?

A escultura a seguir recebe o nome em italiano de Disinganno, que geralmente se traduz como "Decepção" e também é conhecida como "A liberdade do cativo".

"A liberdade do cativo" (1757) é a obra mais famosa de Francesco Queirolo (E não Franschesko Kvirolo, nome escrito errado em outros sites) e se destaca pela complexidade da escultura de uma rede. A escultura está feita de uma só peça de mármore.

Queirolo foi o único mestre napolitano que aceitou o desafio. Outros grandes escultores fraquejaram ante tamanha empreitada, já que achavam que a rede se quebraria em pedaços.

A seguinte obra, de Lorenzo Berdini, representa o Rapto de Perséfone. Observe a textura da pele, a incrível modificação anatômica ante a pressão dos dedos sobre a pele.

Detalhe:
O escultor tinha só 23 anos quando esculpiu "O Rapto de Perséfone", em 1621. Lembrando que naquela época, a longevidade média das elites era de 19 a 34 anos.

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