Pal, que assim era chamado esse cão antes de adquirir seu nome de guerra, era o animal de estimação de uma família de Gander (Canadá) que, como todo Terra-nova, foi crescendo e crescendo até se converter em um belo espécime de quase 70 kg. Certo dia, o cão arranhou uma criança enquanto brincava, e seus donos logo trataram de lhe conseguir um outro lar...
Naquele tempo, o aeroporto de Gander era a base do regimento do Royal Rifles e esses decidiram adaptá-lo como mascote e batizá-lo com o nome de Gander. Aqueles dias de instrução para os soldados e de brincadeiras para Gander, terminaram em outubro de 1941, quando o regimento e sua mascote foram enviados à ilha de Hong Kong para protegê-la dos ataques japoneses.
A tranquilidade na ilha durou pouco. O desembarque japonês foi acompanhado de um intenso bombardeio e o confronto nas praias se converteu em uma luta corpo a corpo, onde Gander se convertia em um soldado mais. No dia 19 de dezembro de 1941, o 1º batalhão do Royal Rifles ficou isolado e os canadenses mal podiam responder à brutal ofensiva japonesa. Uma granada caiu junto a um grupo de feridos e Gander a pegou com a boca e saiu correndo...O sacrifício de Gander salvou os seus companheiros.
Em apenas 18 dias a ilha caiu, mas a história de Gander começou a circular entre os soldados canadenses presos nos campos de prisioneiros... Gander se converteu em uma lenda.
Em 27 de outubro de 2000, Gander recebeu à título póstumo, a Medalha Dickin:
"Por salvar as vidas de soldados canadenses durante a batalha Lye Mun na ilha de Hong Kong em dezembro de 1941. Em três ocasiões documentadas 'Gander', a mascote do Royal Rifles do Canadá, enfrentou-se ao inimigo [...] Em um último ato de valentia, morreu ao pegar uma granada. Sem a intervenção de 'Gander', teriam sido perdidas muitas vidas."Fonte Fonte Fonte




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