O jazigo arqueológico encontra-se ao sudeste da Bulgária, próximo da aldeia de Karanovo, e acredita-se que pertenceu a algum rico aristocrata trácio que viveu por volta do século II d.C. e foi enterrado junto a seus pertences. No jazigo, descoberto nos anos 50, foram encontradas várias tumbas, mas em 2008 apareceu uma câmara ricamente enfeitada que teria pertencido a algum nobre do que então era uma província romana. E não se trata de um fenômeno único. Na mesma zona foram encontradas várias tumbas em que aparecem uma carroça junta aos restos de vários cavalos.
Esta outra fotografia abaixo pertence a outro jazigo em terras búlgaras, descoberto em 2010 próximo da aldeia de Borissovo. Foi encontrada também, uma carroça romana ricamente adornada junto aos esqueletos de outros dois cavalos. "A análise da posição dos cavalos em frente à carroça", disseram os pesquisadores, "indica que foram sacrificados no buraco". Bem perto também foram encontrados os restos de um cão amarrado com uma corrente e outra cova com os esqueletos de outros dois cavalos sacrificados, postos um ao lado do outro. Os pesquisadores acham que o proprietário da tumba era um nobre trácio, talvez um guerreiro.
Por que faziam estes curiosos enterros junto aos seus cavalos? Nas últimas décadas foram documentadas nesta zona da Bulgária até 11 sepultamentos com carroças e cavalos da cultura trácia, alguns com até oito animais. Estes povos indo-europeos instalaram-se na zona do Leste da Europa há 5.000 anos e aparecem citados na Ilíada.
Os cientistas acreditam que o costume de enterrar as carroças era um sinal de poder e de status social, embora as carroças, como conta o arqueólogo Veselin Ignatov, diferem em qualidade e algumas podem ser consideradas como "Mercedes" de sua época e outras como "utilitário". O trabalho de reconstrução destes pesquisadores serviu para conhecer melhor como eram estes veículos, embora lamentavelmente muitos dos jazigos tenham sido saqueados.
Mas o mais surpreendente desta prática de enterrar os guerreiros junto de sua carroça e seus cavalos vivos é que a trácia não é a única cultura em que era praticada. Em 2011, próximo da cidade de Luoyang, no centro da China, foi encontrada uma tumba com cinco carroças e os esqueletos de doze cavalos empilhados.
O local é simplesmente espetacular e os arqueólogos também acham que pertenceram a um nobre que viveu nesta região ha 2.500 anos. Se era só um sinal de riqueza ou se pensavam que o proprietário usaria sua carroça na outra vida é algo que talvez nunca saberemos.
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