Kwakkel é fascinado por rabiscos de "testes de caneta" - Pequenos rascunhos praticados por escritores medievais para testar o fluxo de tinta de uma caneta ou pena.- Tais testes, geralmente envolviam caricaturas, traços de letras, linhas aleatórias ou formas geométricas e, geralmente, aparecem na parte de trás do livro, onde algumas páginas em branco podem ser encontradas. Kwakkel achou interessante porque um escrevente tendia a escrever em sua mão nativa, ao invés do roteiro estilizado que eles adaptavam ao copiar um texto.
Um homem e uma mulher envolvidos em um jogo de boliche, por volta de 1300.
"Em certo sentido, esses desenhos são impressões digitais ou assinaturas, como pequenas pistas que revelam um pouco sobre esses escribas há muito esquecidos que copiavam textos, mas que não tiveram nenhuma oportunidade real de se expressarem enquanto trabalhavam," disse Kwakkel.
Enquanto muitas das descobertas de Kwakkel são testes de caneta, outros rascunhos que ele encontrou se relacionam com um conceito humano tão universal quanto tópicos discutidos nos livros dos séculos 13 e 14, como o amor, a moral ou a religião. Especificamente: o tédio.
Parece que o tédio da leitura através de um livro de filosofia ou um manuscrito com leis, remontam à invenção dos livros. Alguns destes rabiscos foram feitos até centenas de anos após a publicação de um livro, sugerindo que nenhum limite é sagrado quando o assunto é monotonia.

Rascunho descoberto em um manuscrito de leis do século 13 (Amiens BM 347).


Um rascunho do século 15 na margem inferior de um manuscrito contendo sátiras de Juvenal, um texto clássico popular usado para ensinar crianças sobre a moral.











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