terça-feira, 25 de novembro de 2014

Fritz Haarmann - O Açougueiro de Hannover


"A princípios do século XX, a juventude alemã se viu aterrorizada por Fritz Haarmann, um sanguinário assassino que matava suas vítimas rasgando seus pescoços à mordidas. Acredita-se que tenha sido responsável pela morte de 27 garotos entre 1918 e 1924, embora só pôde ser julgado por 24 dos assassinatos..."

O vampiro de Hannover

A princípios do século 20, a juventude alemã estava aterrorizada por Fritz Haarmann, um assassino sanguinário que matava suas vítimas à mordidas. De sua brutal forma de assassinar, vieram os apelidos de "Vampiro de Hannover" e o "Açougueiro de Hannover".

Acredita-se foi responsável por matar 27 garotos entre 1918 e 1924, embora só tenha sido julgado por 24 dos assassinatos. Foi sentenciado à morte.

Nos seus 19 anos (fotos de cima
quando jovem), quando trabalhava
 em uma fábrica de charutos,
Fritz foi preso por abusar de crianças,
mas um psicólogo determinou que
por sua condição psicológica,
devia ser enviado a uma instituição
mental.
Juventude do monstro

Friedrich Heinrich Karl "Fritz" Haarmann nasceu em Hannover, Alemanha, em 1879. Era o sexto filho de uma família pobre. Desde pequeno Fritz era uma criança tímida e calada, recusando os esportes de homens e preferia brincar com os brinquedos de sua irmã, também não era um bom estudante, assim que aos 16 anos ingressou na academia militar de Neu Breisach depois da insistência de seus pais.

Fritz adaptou-se bem à rotina de soldado mas no ano em que ia ingressar na academia, começou a sofrer ataques e foi descadastrado por razões médicas.

Haarmann voltou a Hannover e conseguiu um emprego em uma fábrica de charutos. Em 1898, foi preso por abusar de crianças; um psicólogo declarou Fritz não apto mentalmente para ser avaliado e posteriormente foi enviado a uma instituição mental de forma indefinida. Seis meses depois, Haarmann escapou e fugiu para a Suíça, onde trabalhou durante dois anos antes de regressar à Alemanha.

Novamente Fritz se alistou no exército sob um pseudônimo, mas teve que ser desqualificado por razões médicas em 1902. Naquela ocasião, Fritz recebeu uma pensão militar e voltou a viver com seus pais, logo começou a trabalhar no negócio de seu pai Ollie, mas depois de uma briga, foi acusado por assalto. O júri deixou Haarmann ir e este novamente voltou à casa de seus pais.

Fritz havia recebido
algumas curtas condenações
por roubo e fraude;
mas, para desviar a
atenção da polícia,
se tornou seu informante...
O monstro desperta

Durante a seguinte década, Haarmann viveu como um ladrão e golpista que frequentemente era preso e precisava cumprir curtas condenações. Não obstante, Fritz tentou dar uma virada na situação e em pouco tempo estabeleceu uma relação como informante da Polícia, dessa forma desviava a atenção que costumava receber das autoridades.

Em 1914, Haarmann foi condenado por uma série de acusações de roubos e fraudes, sendo preso quando começava a Primeira Guerra Mundial. Depois de ser libertado em 1918, a Alemanha estava empobrecida pela guerra. Para sobreviver, Fritz retomou suas atividades criminosas, que devido à pobreza no país, a vida criminosa oferecia ainda mais oportunidades e por essa razão, a Polícia decidiu confiar em Fritz como informante.

Açougueiro ou vampiro

A maioria das vítimas de Haarmann eram jovens
fugitivos, homens que se prostituíam ou que
perambulavam pelas proximidades da estação
central de Hannover.
Fritz enganava suas vítimas, às vezes
se passando por policial.
Posteriormente matava à mordidas..
.
De 1918 até 1924, Fritz Haarmann cometeu 24 homicídios, embora suspeita-se que assassinou a 27. A primeira vítima de Haarmann foi um jovem de 17 anos chamado Friedel Rothe, quem desapareceu em 25 de setembro de 1918. Os amigos de Rothe disseram que viram ele pela última vez em companhia de Fritz.

A insistência da família do jovem conduziu os oficiais à casa do assassino. A Polícia encontrou o seu informante em sua habitação junto de um adolescente seminu. Os oficiais acusaram a Haarmann de abuso sexual e foi sentenciado a nove meses de prisão.

Em 1919, Fritz conheceu um jovem fugitivo chamado Hans Grans, quem posteriormente converteu-se em seu amante. Haarmann cumpriu sua sentença de março a dezembro de 1920. Quando saiu da prisão, ganhou a confiança da Polícia e retomou ao seu trabalho como informante. Pouco depois de ser libertado, Haarmann mudou-se a um apartamento junto com Hans Grans.

A maioria de suas  vítimas eram jovens fugitivos, homens que se prostituíam ou que perambulavam próximo da estação central de Hannover. Fritz enganava tais jovens convidando a irem ao seu apartamento, às vezes fazendo-se passar por policial, graças à identificação de informante que possuía.

Posteriormente matava seccionando-lhes a carótida e a traqueia de uma mordida na garganta, algumas vezes enquanto sodomizava suas vítimas, outras depois de violentá-las. Todas as vítimas de Haarmann eram desmembradas antes de que o açougueiro de Hannover se desfizesse dos ossos, normalmente jogando-os no rio Leine.

Haviam rumores de
que Fritz cortava
a carne de suas
vítimas e a vendia
no mercado negro
como carne enlatada
de porco ou cavalo... 
Os objetos de valor das vítimas eram vendidos no mercado negro ou permaneciam com Fritz ou Grans. Também haviam rumores de que Haarmann cortava a carne de suas vítimas e a vendia no mercado negro como carne enlatada de porco ou cavalo. Nunca pôde ser provado isto, mas Fritz era um conhecido contrabandista de carne.

Hans Grans sabia dos assassinatos e ele pessoalmente incitou Fritz a matar duas vítimas para conseguir suas roupas e posses, mas não participava dos homicídios.

Fritz foi capturado casualmente
quando a Polícia descobriu ossos
humanos no rio Leine.
Os ossos pertenciam a 22 pessoas.
Fritz foi capturado casualmente quando a Polícia descobriu mais de 500 ossos humanos no rio Leine. Os ossos pertenciam a 22 pessoas, as suspeitas recaíram sobre Haarmann, quem tinha antecedentes por molestar jovens e havia sido vinculado com o desaparecimento de Friedel Rothe em 1918.

Na noite de 22 de junho Fritz, que era vigiado pela Polícia, foi preso por tratar de enganar um jovem para que o acompanhasse ao seu apartamento. A casa de Haarmann estava completamente ensanguentada, imediatamente o informante tentou se justificar dizendo que o sangue pertencia ao seu negócio ilegal como açougueiro, no entanto, os pertences e as roupas de várias pessoas desaparecidas nos últimos anos, foram evidência suficiente para que fosse posto sob custódia.

Quando foi interrogado, Fritz confessou que havia matado entre 50 e 70 jovens desde 1918, mas a Polícia só pôde atribuir a ele 27 desaparecidos embora isso bastasse para processá-lo.

Algumas vítimas

De igual modo que para outros
assassinos, para este trastornado
açougueiro a idade não era um
limite e algumas de suas vítimas
tinham menos de 17 anos.
Começando por Fritz Franke, de 17 anos, a quem Haarmann assassinou em 12 de fevereiro de 1923.

Posteriormente foi seguido pelo jovem Wilhelm Schulze, também de 17 anos, a quem o açougueiro esquartejou em 20 de março de 1923.

Quando Roland Huch de 16 anos chegou à estação em 23 de maio de 1923, Fritz o enganou para que lhe acompanhasse e posteriormente o assassinou.

Hans Sonnenfeld de 19 anos, foi outra de suas vítimas depois de fugir de seu povoado natal em Limmer. Desapareceu em maio de 1923 depois de ser enganado por Fritz.

Ernst Ehrenberg de 13 anos desapareceu quando seus pais o enviaram a fazer um recado em 25 de junho de 1923.

Heinrich Stru de 18 anos, desapareceu em 24 de agosto de 1923, seu violino foi encontrado na casa de Fritz.

Julgamento e final do Vampiro de Hannover

O julgamento contra Friedrich Heinrich Karl "Fritz" Haarmann, começou em 4 de dezembro de 1924. Fritz era acusado pelo desaparecimento de 27 jovens em um período de seis anos. Durante o julgamento, Haarmann foi chamado  de "vampiro" e "homem lobo", já que o termo "assassino em série" não havia sido cunhado ainda.
Fritz (acima, caminhando com policiais depois de receber a sentença) foi acusado pelo desaparecimento de 27 jovens em um período de seis anos. Os oficiais jamais suspeitaram que o assassino em série que procuravam, estava debaixo de seus narizes ainda quando certas testemunhas disseram ter visto às vítimas com ele.
Durante o julgamento foi chamado de "vampiro" e "homem lobo"...
No julgamento, Haarmann confessou as atrocidades que cometeu e narrou os casos de suas vítimas.

"Eu faria dois cortes no abdômen e colocaria os intestinos em um balde, em seguida, enxugaria o sangue e esmagaria os ossos até que os ombros se quebrassem. Agora eu poderia obter o coração, pulmões e rins e picá-los e colocá-los no meu balde. Eu removeria a carne dos ossos e colocaria na minha bolsa. Eu levaria cinco ou seis viagens para levar tudo e jogar no vaso sanitário ou no rio. Eu sempre odiei fazer isso, mas eu não poderia ser ajudado. - A minha paixão era muito mais forte do que o horror de cortar e picar." - Fritz, Graficamente descrevendo como ele desmembrou suas vítimas post-mortem.

Em 15 de abril de 1925,
Fritz foi  guilhotinado.
Suas últimas palavras
foram: "Arrependo-me,
mas não temo à morte".
Sua cabeça foi
conservada (acima)
para estudos científicos.
Devido à ajuda que Fritz dava à Polícia, os oficiais jamais suspeitaram que o assassino em série que buscavam era alguém tão próximo, ainda quando certas testemunhas disseram ter visto às vítimas com ele.

O julgamento durou duas semanas e no dia 19 de dezembro de 1924, Haarmann foi encontrado culpado e foi sentenciado à morte. Depois de escutar sua sentença, Fritz não apelou. Seu amante, Hans Grans, inicialmente também foi sentenciado à morte; mas, depois de enviar Fritz uma carta afirmando que ele nunca participou nas mortes, sua condenação foi revogada e lhe sentenciaram a 12 anos de prisão.

Em 15 de abril de 1925, Fritz Haarmann foi executado na guilhotina. Suas últimas palavras foram:

"Arrependo-me, mas não temo à morte".

Após sua decapitação, sua cabeça foi preservada e usada por cientistas da época para examinar a estrutura de seu cérebro. Os restos de suas vítimas foram enterradas em uma tumba comum.

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