Os 60 mil britânicos que perderam um membro por motivo de doença, acidente ou guerra, têm a opção de suplantar o membro perdido por próteses ciborgues ou, em alguns casos, por um membro transplantado.
Mas, enquanto que a tecnologia protética não para de avançar, os membros mecânicos ainda possuem uma gama limitada de movimentos e não parecem naturais.
Mãos, braços e até mesmo pernas, podem ser transplantados, mas as cirurgias são complexas e os pacientes precisam tomar potentes drogas imunossupressoras - que enfraquecem o sistema imunitário para assim prevenir a rejeição do membro transplantado - por toda à vida.
Em contraste, um braço ou perna cultivado em laboratório deve parecer e se mover mais naturalmente, devido a que é feito das células da própria pessoa, não sendo necessária a imunossupressão.
A pesquisa foi realizada no Hospital Geral de Massachusetts. Os investigadores despojaram um braço morto de todas as suas células. Injetaram então, sangue e células musculares. O membro voltou à vida e foi religado a um rato, que foi capaz de usar o novo membro.
O Dr. Ott, quem já criou rins, fígados, pulmões e até mesmo corações que pulsam em seu laboratório, começou tomando o antebraço de um rato morto.
Ele então, lavou a parte com detergente para deter suas células, deixando apenas uma estrutura. A estrutura foi então colocada em um frasco do tipo incubadora, onde foi injetado sangue saudável, células musculares e alimentado com nutrientes, e oxigênio.
Em apenas duas a três semanas, os vasos sanguíneos e os músculos haviam se reconstruído.
Quando o membro foi ligado a um rato vivo, o sangue fluiu rapidamente através do mesmo.
A criatura era até mesmo capaz de flexionar a sua nova pata.
O Dr. Ott agora criou dezenas de tais membros e já começou a trabalhar em braços de babuínos.
O Dr. Ott, que já criou rins, fígados, pulmões e até mesmo corações em seu laboratório, começou utilizando o antebraço de um rato morto. Ele então preparou a parte deixando apenas uma estrutura que foi então colocada em um frasco, onde recebeu sangue saudável, células musculares, nutrientes e oxigênio. Em menos de três semanas, os vasos sanguíneos e os músculos haviam sido reconstruídos.
No entanto, ele adverte que ainda há muito trabalho a ser feito e vai ser preciso, pelo menos, uma década antes dos primeiros "bio-membros" (biolimbs no original. NDT) humanos estarem prontos para serem testados.
Ele prevê esquemas de doação de órgãos sendo ampliados para incluir membros.
Um novo membro, então, seria criado utilizando a estrutura de um membro doado e as células do próprio paciente.
Especialistas na área têm descrito o trabalho como uma "notável passo à frente", mas advertem que ainda há muitos obstáculos a superar.
Outros questionam como os sistemas vivos complexos, como redes de nervos, poderiam ser recriados com êxito.
O Dr. Oskar Aszmann, da Universidade Médica de Viena, disse: "Embora este seja um esforço digno, deve, nesta fase, permanecer na área acadêmica."
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Uma técnica similar já foi usada para regenerar a traqueia, um órgão muito mais simples.
Embora a primeira pessoa a receber uma traquéia regenerada ainda esteja viva, dois morreram e um terceiro está em tratamento intensivo.
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