Segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), várias dezenas de tribos primitivas habitam a selva amazônica brasileira. Alguns desses grupos viveram isolados durante muitíssimo tempo, sem nenhum tipo de contato com o mundo exterior. Entre esses casos existe um particularmente chamativo: o de um homem que vive completamente isolado na região de Tanarú, no estado de Rondônia.
Ninguém sabe seu nome, nem que idioma fala, nem a que tribo pertencia antes de viver na solidão mais absoluta. De fato, hoje é complicado de certificar que continue com vida: O homem já sofreu uma tentativa de assassinato.
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| Trabalhadores da Funai encontram um buraco cavado na floresta amazônica pelo "último de sua tribo", que ele usou para capturar animais. |
O buracos têm cerca de um metro de comprimento, meio de largura e mais de três de profundidade, e sempre são encontrados dentro das cabanas de palha construídas por ele.
Precisamente esta é uma das questões que desconcerta os pesquisadores: nenhuma tribo das redondezas faz algo similar. Ele é o único. Resolver os mistérios que rodeiam este homem parece pouco menos do que impossível, porque todas as tentativas de se aproximar a ele terminaram falhando.
A história mais convincente sobre esse homem, é a que afirma que ele é o último sobrevivente de uma tribo extinta. Os direitos dos índios da selva amazônica sobre as terras que habitam não foram reconhecidos pelas leis brasileiras até 1988; nas décadas anteriores, os conflitos entre os nativos e a civilização exterior foram mais que habituais. E apesar das leis, massacres perpetrados por fazendeiros e grileiros de terra, se estenderam até a década de 90.
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| Tocha de resina e estaca feita pelo "índio do buraco". |
A suspeita recaiu novamente sobre os fazendeiros da região, que em mais de uma ocasião expressaram seu descontentamento pelo amplo terreno (cerca de 8.000 hectares) que o "Índio do buraco" tem delimitado exclusivamente para ele. O ataque aconteceu poucas semanas após essa restrição ter sido renovada pelo governo.
Membros da FUNAI trataram de visitar este solitário índio para comprovar em que condições de saúde se encontra após toda uma vida fugindo. No entanto, quem se aproximou demais terminou ferido por lança.
Em vista das circunstâncias, a FUNAI mudou de estratégia e decidiu aumentar o espaço protegido a disposição do "Índio do buraco". O único objetivo agora é assegurar sua paz e sua tranquilidade, sem novas agressões que ameacem seus costumes e sua solitária forma de vida.
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