MEL DO CEMITÉRIO GREEN-WOOD

O histórico Cemitério Green-Wood, no Brooklyn, distrito de Nova York, EUA é o local de descanso final de mais de 560.000 nova-iorquinos, incluindo artistas famosos, compositores, políticos e muito mais. Segundo o site, "todo mundo que era alguém em Nova York do século 19 queria ser enterrado lá, e eles estão".

Na primavera de 2015, o Green-Wood também se tornou o lar de centenas de milhares de residentes mais animados: uma colônia de abelhas.

O projeto foi criado pelo apicultor Davin Larson há vários anos quando, enquanto participava de um concerto de música clássica no cemitério cercado por sepulturas, criptas e arquitetura gótica, ele percebeu que era o lugar perfeito para manter as abelhas na cidade.

Cemitério Green-Wood

Davin Larson trouxe 15 colmeias na esperança de combater o recente aumento do colapso de colônias, uma crise que pode ter sido criada por uma combinação de muitos fatores incluindo urbanização, pesticidas, antibióticos e patógenos, que extingue cerca de um terço de colmeias todos os anos.

Coleta do mel no Cemitério Green-Wood

Quando um enxame colapsa, as abelhas operárias adultas abandonam a colmeia. Elas desaparecem, deixando para trás a rainha, assim como os suprimentos de comida, por razões ainda não compreendidas.

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Claro, manter as abelhas têm seus custos. Para financiar o projeto, Larson e os outros apicultores do Cemitério Green-Wood colheram cerca de 90 quilos de mel em 2016. O mel, batizado de The Sweet Hereafter ("O doce na outra vida"), foi processado, embalado e rotulado com uma imagem de uma abelha em uma lápide.

The Sweet Hereafter

Abelhas

Ao longo da história, as abelhas têm sido consideradas símbolos da mortalidade humana. Em mitologias, a abelha era muitas vezes um ser sagrado que unia o mundo natural com a vida após a morte. As abelhas melíferas serviram como emblema real dos merovíngios, simbolizando a morte e o renascimento da dinastia que governou a França por 300 anos.

Pano de luto e colmeias com viradas para a procissão

Na Inglaterra dos tempos vitorianos, surgiu a superstição de que, se as abelhas não fossem informadas sobre a morte do seu guardião, elas poderiam ir embora ou morrer. Algumas tradições envolviam oferecer biscoitos funerais às abelhas, decorar as colmeias com panos de luto, ou virar as entradas das colmeias para o lado onde passaria o procissão com o féretro.

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