Viajando pelas estradas da Grécia se pode ver de quando em vez, algumas bem elaboradas e pequenas construções feitas de terracota ou até mesmo de mármore e colocados no meio do nada, no alto das montanhas; onde não há nenhuma aldeia ou casa em milhas e ainda de modo incrível, a maioria dessas pequenas capelas são fielmente mantidas com uma vela sempre acesa dentro.
Alguns desses mini-santuários mais antigos são menos cuidados, mas ainda permanecem como um testemunho de fé do passado.
Há uma série de razões para estes santuários existirem, algumas tão antigas quanto os próprios caminhos. Colocadas à beira da estrada, uma hipótese inicial é que foram construídas para lembrar de uma vítima de um acidente de trânsito e às vezes, é exatamente o caso. Mas, assim como em muitas vezes, os santuários são construídos pelos sobreviventes de acidentes, agradecendo um santo no local de sua provação.
Enquanto cada um pode contar uma história diferente, todos compartilham o mesmo propósito - Finalmente proporcionar ao viajante que estiver passando, um momento de descanso e reflexão espiritual. E depois há os viajantes que visitam, que também param para tomar fotos, mas acabam ficando um pouco mais, percebendo um pouco mais, e pensando um pouco mais sobre a terra mística da Grécia.
Nota do tradutor: Sobra dizer que pelo interior do Brasil abundam capelinhas similares às que aparecem nesta postagem, mas as peculiaridades das edificações do Rio Grande do Sul, terra natal deste que vos escreve, é que muitas são tributos em memória não só dos que morreram em acidentes rodoviários, mas também dos que morreram em "peleias", ou seja, brigas e assassinatos, no qual, são construídas associadas com o sangue da vítima que em caso do sangue restar na estrada em si, é comum deslocarem a mancha de sangue e terra com uma pá para a beira da estrada e daí construírem a capelinha.
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