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Inventos que nos deixou a Primeira Guerra Mundial - Aço inoxidável
O aço inoxidável é um dos inventos que o mundo herdou da Primeira Guerra Mundial.
Harry Bearley, de Sheffield, Inglaterra, é o responsável pela invenção do aço que não se corrói. Segundo aparece nos arquivos dessa cidade "em 1913, Harry Brearley desenvolveu o que é considerado o primeiro aço sem óxido, um produto que revolucionou a indústria metalúrgica e se converteu em um dos maiores componentes do mundo moderno.
O exército britânico estava tentando encontrar um metal melhor para suas armas. O problema era que os canhões dessas armas se deformavam após vários disparos pela fricção e o calor das balas.
O exército pediu a Brearley, que era metalúrgico em uma empresa local, que encontrasse uma solução a este problema e com ligas mais duras.
A lenda diz que após provar a acrescentar cromo ao aço, Bearley eliminou alguns de seus experimentos por considerar fracassos. Jogou-os, literalmente, ao montão da sucata.
O metalúrgico notou que após um tempo esses experimentos não haviam oxidado.
Tinha descoberto o segredo do aço inoxidável. Durante a Primeira Guerra Mundial foi utilizado em alguns dos novos motores aéreos. Depois generalizou-se no uso em talheres e material cirúrgico do que muitos hospitais dependem.
Inventos que nos deixou a Primeira Guerra Mundial - Lâmpadas solares
No inverno de 1918 estimava-se que a metade das crianças em Berlim sofriam de raquitismo, uma doença em que os ossos se fragilizam e se deformam. Naquele tempo, a causa exata era desconhecida embora associava-se à pobreza.
Um doutor da cidade, Kurt Huldschinsky, notou que seus pacientes estavam muito pálidos.
Decidiu levar a cabo um experimento em quatro deles. Aplicou-lhes lâmpadas de quartzo e mercúrio que emitiam luz ultravioleta.
Com o passar do tempo Hudschinsky notou que os ossos de seus jovens pacientes ficavam mais fortes. Em maio de 1919, quando chegou o sol do verão, lhes pôs também a tomar sol ao ar livre.
Quando foram publicados os resultados de seu experimento, foram acolhidos com grande entusiasmo.
Muitas crianças de toda Alemanha foram tratadas com luz. Em Dresden, os serviços sanitários infantis conseguiram inclusive desmantelar as luzes da rua para que reciclassem em lâmpadas para o tratamento das crianças.
Mais tarde, a ciência conheceu que a vitamina D é necessária para a criação do osso com cálcio e este processo sé estimulado com a luz ultravioleta.
Inventos que nos deixou a Primeira Guerra Mundial - Mudança de hora (Horário de verão)
A Alemanha foi o primeiro país que instaurou a mudança de hora para poupar carvão durante a guerra.
A ideia de atrasar os relógios na primavera e adiantá-los no outono não era nova quando começou a Primeira Guerra Mundial. Benjamin Franklin, um dos pais fundadores dos Estados Unidos, havia sugerido em uma carta ao diário Journal de Paris em 1784.
Desperdiçavam muitas velas nas noites de verão porque o sol se punha antes de que as pessoas fossem dormir, explicava na missiva. Além disso, a luz do sol não era aproveitada nas primeiras horas da manhã porque as pessoas ainda dormiam.
Ideias similares foram expostas na Nova Zelândia em 1895 e no Reino Unido em 1909, mas não deram resultados concretos.
A Primeira Guerra Mundial foi um incentivo para essa mudança. Ao enfrentar uma severa escassez de carvão, as autoridades alemãs decretaram que em 30 de Abril de 1916 todos os relógios que marcavam as 23:00, deveriam de marcar 24:00. Assim garantiam uma hora a mais de luz na manhã seguinte.
O que começou na Alemanha como uma ideia para poupar carvão para calefação e luz, se estendeu rapidamente a outros países.
No Reino Unido, a ideia foi posta em pé apenas três semanas mais tarde, em 21 de maio de 1916. Em 19 de março de 1918 o Congresso dos Estados Unidos estabeleceu diferentes fusos horários.
Uma vez que a guerra terminou, a iniciativa foi abandonada mas seus benefícios já eram conhecidos e nos anos posteriores voltou a ser implantada.
Inventos que nos deixou a Primeira Guerra Mundial - Salsichas vegetarianas... ou "salsichas da paz"
As salsichas vegetarianas foram inventadas por Konrad Adenauer, o primeiro chanceler da República Federal Alemã.
Se poderia pensar que as salsichas de soja foram inventadas por algum Hippie, provavelmente nos anos 60 na Califórnia... Mas não. As salsichas de soja foram ideia do primeiro chanceler da República Federal Alemã após a Primeira Guerra Mundial.
Durante a Primeira Guerra Mundial Adenauer era prefeito de Colônia e quando o bloqueio britânico se impôs sobre a Alemanha, a fome começou a pesar sobre a cidade. Adenauer tinha uma mente engenhosa e pesquisou maneiras de substituir os produtos que faltavam, como carne, por outros dos quais não havia tanta escassez.
Começou utilizando uma mistura de farinha de arroz, cevada e farinha de milho para fazer pão e assim substituir ao trigo.
Após seu pão experimental, continuou em busca de uma nova salsicha sem carne. Desse modo conseguiu criar a de soja, que foi conhecida como "a salsicha da paz".
Adenauer solicitou obter uma patente de seu novo alimento no Escritório Imperial de Patentes na Alemanha mas lhe foi negada.
Ao que parece o conteúdo da salsicha era contrário à regulamentação alemã para este produto, ou seja, se não continha carne, não podia ser considerada salsicha.
Teve mais sorte ao tentá-la no Reino Unido, inimigo da Alemanha naquele tempo. O Rei Jorge V deu-lhe a patente da salsicha de soja em 26 de junho de 1918.
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