Durante o bombardeio por parte de Israel sobre a faixa de Gaza no verão de 2014, um soldado israelense se aproximou de uma mulher palestina para dar-lhe água e tomar uma fotografia com ela, que compartilharia nas redes sociais. Pouco depois, lhe dispararia na nuca acabando com sua vida, como confirmou um jornalista que contemplou a cena.
Avichay Andraee, porta-voz do Exército Israelense, compartilhou na rede social Twitter uma fotografia de um soldado israelense segurando uma garrafa d'água enquanto dá de beber a uma mulher palestina de 74 anos, chamada Ghalya Abu-Rida como mostra de suposta "humanidade". Um gesto de compaixão incompreensível pois teria feito poucos segundos antes de disparar-lhe um tiro na cabeça que lhe custaria a vida, relata Ahmad Qdeh, um jornalista da corrente Al-Aqsa TV que presenciou a cena em primeira pessoa, informou o Centro Palestino de Informação.
"Ghalya Ahmad Abu-Rida vivia na zona de Khuza'a, a leste da cidade de Khan Younis. Eu também vivo nessa zona e fiz uma reportagem de televisão sobre sua história à raiz de que os soldados israelenses a matassem durante a agressão", afirma o jornalista Ahmad Qdeh. Majed Abu-Rida, sobrinho de Ghalya, confirmou aos meios que sua tia era deficiente visual."A foto que o porta-voz do Exército israelense compartilhou é propaganda enganosa para tentar mostrar o rosto humano do seus soldados", afirma Ahmad Al-Farra, professor na Universidade de Gaza, quem acrescenta que este acontecimento "pode fazer mais oportuna a perseguição a soldados israelenses como criminosos de guerra ante a Corte Penal Internacional".
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