"Sabemos, com certeza, que não há a possibilidade do objeto atingir a Terra. Não existe qualquer perigo", disse Detlef Koschny, do grupo de investigadores de "Objetos Próximos da Terra", da Agência Espacial Europeia.
O objeto espacial vai passar a uma distância de 44 mil quilômetros do nosso planeta, o que seria um oitavo da distância da Terra à Lua.
O asteroide, denominado "TC4", já passou pelo nosso planeta, em outubro de 2012, a uma distância de, aproximadamente, 88 quilômetros, ou seja, o dobro da distância a que se estima que passe novamente este ano. No entanto, havia sido perdido de vista.
O asteroide tem cerca de 15 a 30 metros de diâmetro (O tam,anho de uma casa) e, quando foi avistado, se deslocava a uma velocidade de 14 quilômetros por segundo.
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| TC4 |
Os cientistas já esperavam que o asteroide voltasse a passar perto da Terra, mas não sabiam quando. Agora, o Observatório Europeu do Sul, no Chile, conseguiu localizar novamente o objeto espacial, a 56 milhões de quilômetros de distância do planeta Terra.
"Está bem perto", afirmou Rolf Densing, que dirige o Centro Europeu de Operações Espaciais, em Darmstadt, na Alemanha.
Para os investigadores, esta pode ser uma boa oportunidade para testar os sistemas de defesa da Terra.
"É uma excelente oportunidade para testar a capacidade internacional de detectar e rastrear objetos próximos da Terra e avaliar a nossa capacidade de respondermos a uma ameaça real de um asteroide", disse a Agência Espacial Europeia, através de um comunicado.
Os asteroides são corpos rochosos que restaram da formação do sistema solar, há cerca de 4,5 mil milhões de anos. Apesar de existir milhões desses objetos espaciais, a maioria se encontra em um cinturão entre as órbitras de Marte e Júpiter.
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Um asteroide um pouco maior do que o "TC4", com 40 metros de diâmetro, poderia ter causado um dos maiores impactos de todos os tempos quando teria explodido sobre Tunguska, na Sibéria, em 1908.
Já em 2013, um metooro, com cerca de 20 metros de diâmetro, explodiu na atmosfera sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, com energia cinética equivalente a cerca de 30 bombas atômicas de Hiroshima, partindo janelas de quase cinco mil edifícios e ferindo 1200 pessoas. Na época, ninguém esperava que tal evento pudesse acontecer e o mundo inteiro ficou em choque.
A Agência Espacial Europeia explicou que se o asteroide "TC4" atingisse a Terra "teria um efeito semelhante ao que aconteceu em Chelyabinsk".
Meteoro explode sobre a cidade de Chelyabinsk em 2013
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Rolf Densing, que já chegou a afirmar que a Terra não está preparada para se defender contra o impacto de um asteroide, disse que não há razão para preocupação em relação a este "pedregulho espacial", mas que não se sabe o que acontecerá em uma próxima vez.
"No entanto, nos faz pensar sobre o que vai acontecer da próxima vez. Eu ficaria mais confortável se tivéssemos mais tempo de preparação", alerta o cientista.
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