Durante a Segunda Guerra Mundial, foram deportados milhões de pessoas aos campos de concentração e de extermínio nazistas. A maioria judeus, mas também ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais ou afrodescendentes. No campo de Mauthausen, um campo de concentração construído pelos nazistas na Áustria, situado a 20 km da cidade de Linz, estava José Carlos Grey Molay.
José Carlos Grey Molay, mais conhecido como Carlos Grey Key, era um espanhol nascido em Barcelona em 1913, filho de guinéu-equatorianos procedentes da colônia espanhola de Fernando Poo, atualmente Bioko, Guiné Equatorial.
Na Guerra Civil Espanhola, lutou no bando republicano e depois da derrota da República, precisou fugir para a França onde se uniu à Resistência com a invasão do país pelas tropas alemãs em 1940.
Um anos depois foi capturado e enviado ao campo de concentração de Mauthausen onde foi internado como o deportado 5124.
Mauthausen era um campo onde aniquilavam os confinados através do trabalho escravo na extração de granito e os prisioneiros, eram consideravam inimigos do Reich pelos nazistas.
Uma da formas de assassinato nesse campo, era empurrar os internos do alto da jazida, no qual, os soldados SS chamavam ironicamente de a "parede do paraquedista".
Outros métodos de extermínio usados em Mauthausen consistiam de espancamento com bastões até a morte, prisioneiros eram obrigados a tomar um banho gelado e depois deixados para secar do lado de fora da barraca sob um frio de -30 °C, morrendo de hipotermia (3.000 morreram assim), fuzilamentos, experimentos médicos, com inoculação de bactérias de tifo e cólera nos prisioneiros para testar vacinas. (2000 mortos), enforcamentos, fome em solitárias, afogamento em barris d'água.
Dos cerca de 8.000 prisioneiros, menos de um terço sobreviveu à brutalidade de Mauthausen.
Segundo conta o escritor Joaquim Amat-Piniell, no livro K. L. Reich, sobre o tempo em que esteve como prisioneiro no campo, "entre a multidão se destacava um rapaz de Barcelona, nascido na África espanhola. Aquele jovem não era unicamente belo, senão até culto. Falava vários idiomas, entre eles o alemão."
O comandante do campo, Franz Ziereis, o obrigou a trabalhar como criado vestido com o uniforme real iugoslavo e o triangulo azul dos apátridas como forma de humilhação, mas isso talvez o tenha salvo de morrer na jazida de granito como muitos outros.
Quando o chefe das SS, Heinrich Himmler, visitou o campo em 1941, o comandante do campo apresentou José Carlos de modo inumano e cruel, como "um negro espanhol que vivia na Espanha e que seu pai era canibal e comia carne humana".
A imagem acima, é uma das raras fotos de José Carlos em Mauthausen. Vestido com esse uniforme, sua imagem apareceu em um dos negativos de Francesc Boix, um prisioneiro espanhol que documentou a barbárie e cujo trabalho foi decisivo para condenar os altos cargos nazistas nos julgamentos de Nuremberg.
José Carlos Grey Molay conseguiu sobreviver às duras condições de Mauthausen. Pouco se sabe dele, salvo que se casou e teve dois filhos. Faleceu na França em 1982, onde viveu depois de ser liberado do campo.
Segundo um grupo de investigadores austríacos José Carlos Grey Molay não foi um caso isolado, e ao menos outros 157 de origem africana foram mantidos prisioneiros em Mauthausen, dos quais, 73 foram assassinados.
..
.
Fonte Fonte Fonte
Um anos depois foi capturado e enviado ao campo de concentração de Mauthausen onde foi internado como o deportado 5124.
José Carlos Grey Molay |
Uma da formas de assassinato nesse campo, era empurrar os internos do alto da jazida, no qual, os soldados SS chamavam ironicamente de a "parede do paraquedista".
Mauthausen |
Outros métodos de extermínio usados em Mauthausen consistiam de espancamento com bastões até a morte, prisioneiros eram obrigados a tomar um banho gelado e depois deixados para secar do lado de fora da barraca sob um frio de -30 °C, morrendo de hipotermia (3.000 morreram assim), fuzilamentos, experimentos médicos, com inoculação de bactérias de tifo e cólera nos prisioneiros para testar vacinas. (2000 mortos), enforcamentos, fome em solitárias, afogamento em barris d'água.
Dos cerca de 8.000 prisioneiros, menos de um terço sobreviveu à brutalidade de Mauthausen.
Prisioneiros que transportam pedras nas "escadas da morte" da jazida de granito de Mauthausen |
Segundo conta o escritor Joaquim Amat-Piniell, no livro K. L. Reich, sobre o tempo em que esteve como prisioneiro no campo, "entre a multidão se destacava um rapaz de Barcelona, nascido na África espanhola. Aquele jovem não era unicamente belo, senão até culto. Falava vários idiomas, entre eles o alemão."
O comandante do campo, Franz Ziereis, o obrigou a trabalhar como criado vestido com o uniforme real iugoslavo e o triangulo azul dos apátridas como forma de humilhação, mas isso talvez o tenha salvo de morrer na jazida de granito como muitos outros.
Quando o chefe das SS, Heinrich Himmler, visitou o campo em 1941, o comandante do campo apresentou José Carlos de modo inumano e cruel, como "um negro espanhol que vivia na Espanha e que seu pai era canibal e comia carne humana".
José Carlos Grey Molay |
A imagem acima, é uma das raras fotos de José Carlos em Mauthausen. Vestido com esse uniforme, sua imagem apareceu em um dos negativos de Francesc Boix, um prisioneiro espanhol que documentou a barbárie e cujo trabalho foi decisivo para condenar os altos cargos nazistas nos julgamentos de Nuremberg.
José Carlos Grey Molay conseguiu sobreviver às duras condições de Mauthausen. Pouco se sabe dele, salvo que se casou e teve dois filhos. Faleceu na França em 1982, onde viveu depois de ser liberado do campo.
José Carlos Grey Molay |
Segundo um grupo de investigadores austríacos José Carlos Grey Molay não foi um caso isolado, e ao menos outros 157 de origem africana foram mantidos prisioneiros em Mauthausen, dos quais, 73 foram assassinados.
..
.
Fonte Fonte Fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário