O animal mais famoso dos que participaram de um modo ou de outro na conquista espacial, provavelmente seja a cadela Laika Лайка. Também Ham, o chimpanzé astronauta, mas nenhum deles foi o primeiro animal a ser enviado ao espaço pelo ser humano.
Nem mesmo o macaco Albert II, que voou em 1949. Essa honra cabe às moscas das frutas, ainda que muito provavelmente, esses primeiros exemplares não tiveram nomes próprios, como Laika ou Ham.
Em assuntos científicos, a Mosca da fruta (Drosophila melanogaster) é um recurso bastante comum, já que geneticamente é relevante como primeiro passo para investigações pelas semelhanças com os genes humanos.
Em 1946, pouco tempo depois da segunda guerra mundial e antes que começasse a corrida espacial propriamente dita, foguetes v-2 de tecnologia militar nazista, foram capturados pelos Aliados e lançados ao espaço a partir da base de White Sands no Novo México, Estados Unidos.
Dentro de um deles, iam algumas sementes e moscas da fruta. O objetivo era conhecer os efeitos desse tipo de viagens que envolve a altura, aceleração e especialmente, radiação... nas moscas.
Acontece que as moscas, como nós, dormem à noite, respondem a muitas das substâncias incluídas em fármacos humanos e além disso, se reproduzem com muita velocidade o que permite ver os efeitos em diferentes gerações.
Dito isto, é preciso levar em conta que não há um ponto exato, uma altura a partir da qual, se possa dizer com certeza matemática que começa o espaço. Em qualquer caso, a partir dos 100 Km de altura, se pode dizer que é espaço, ao menos assim determina a Federação aeronáutica internacional.
Dentre os numerosos foguetes testados, um deles que foi lançado em 20 de fevereiro de 1947 e que levava as moscas dentro, atingiu 109 km de altura. Portanto, as moscas alcançaram o espaço e o que é mais importante, voltaram vivas à terra. Nenhum outro animal, que se saiba, havia feito isso antes.
Muitos outros animais foram lançados ao espaço e todos merecem o devido prestígio, homenagens e publicações para que seus feitos não se percam na poeira do tempo. Mas hoje é o momento de render tributo às moscas da fruta, pioneiras no espaço.
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