segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Heroísmo em Quatro Patas - Conheça Bretagne que Participou dos Resgates no 11 de Setembro e voltou ao local da Tragédia.

Bretagne, uma valente cadela que participou das tarefas de resgate durante o 11 de Setembro, voltou pela primeira vez na quinta-feira passada, 11 de setembro de 2014, ao local da tragédia.

Denise Corlis, engenheira em Eletricidade, começou sua relação com Bretagne graças a sua vontade de ajudar. Durante os anos 90, ficou muito impressionada ao ver o trabalho que equipes mistas de humanos e cães faziam em zonas de desastre, socorrendo feridos e buscando sobreviventes.

E seu coração deu uma virada quando soube que não era imprescindível ser policial, bombeiro ou militar para fazer parte dessas equipes. Os "cidadãos a pé", voluntários, também podiam ajudar, desde que estivessem dispostos a se submeterem a meses e meses de treinamento honorário e rigoroso junto ao cão que lhes fossem atribuídos, ao que também deviam cuidar.

Denise ofereceu-se para o programa e pouco depois recebeu boas notícias: entregaram-lhe uma jovem exemplar fêmea de Golden Retriever, com a que deveria começar a treinar imediatamente.
"Tomou-nos ao menos de 20 a 30 horas por semana, para chegar ao nível exigido. Treinávamos sem parar quando eu saía do trabalho", conta Denise.

Em 2000, ela e Bretagne obtiveram seu status como membros oficiais do Texas Task Force 1. Isso significava que a dupla estava pronta para ir a um local de desastre e encontrar sobreviventes enterrados entre os escombros.

Bretagne é um dos dois últimos cães que ainda vivem dos muitos que participaram das tarefas de resgate depois do ataque às Torres Gêmeas, e o único que nesta quinta-feira participou da cerimônia de comemoração no "groud zero". O outro sobrevivente é um springer spaniel chamado Morgan.

Bretagne faz parte do seleto grupo de oito finalistas à medalha ao heroísmo canino que a cada ano entrega a American Humane Association. Por isso, a cadela e sua dona se preparam para viajar a Beverly Hills e dar um passeio pelo tapete vermelho na noite da cerimônia de premiação, a fins deste mês.

Nos anos posteriores ao 11 de Setembro, Denise e Bretagne trabalharam "e passaram perigo" juntas em várias catástrofes naturais, como os furacões Katrina, Rita e Iván. A cadela se aposentou formalmente do serviço aos 9 anos de idade. Mas hoje, com nada menos que 15 anos, ainda ama trabalhar.

Atualmente, acompanha garotos com deficiências intelectuais ou problemas de atenção durante sessões de leitura em escolas. Os docentes afirmam que o contato com animais contribui para um melhor desenvolvimento dessas crianças. As criançada, quando vêem à cadela chegar "sempre com seu colete de serviço" e fazendo "festas" junto a eles, de imediato começam a sorrir.
"Ela ainda tem essa atitude de levantar a pata como se dissesse 'me leve até ali, treinadora'. Definitivamente ela ama fazer isto", conta Denise.

Shelley Swedlaw, colega de Denise em treinamento canino e também diretora de uma das escolas especiais em que trabalha Bretagne, afirma que o animal tem um talento prodigioso.
"Eu a vi praticamente escolher uma criança entre todos. Ela parece notar imediatamente quem é o que mais precisa de sua ajuda", afirma.

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