Para pesquisadores, insetos são uma importante e saborosa fonte nutricional. Eles são ricos em proteínas, e sua criação é bastante sustentável. Em alguns países, larvas, besouros e aranhas já fazem parte da culinária.
Insetos podem ser muito saborosos. Mas por que não comemos mais deles? Diversos motivos falam a favor do consumo: insetos podem ser criados facilmente; comem muito menos do que bois, porcos ou carneiros; não precisam de muito espaço; multiplicam-se rapidamente e quase não produzem gases do efeito estufa.
Gostoso e saudável
Espetinhos de besouros, escorpiões e baratas d'água, acompanhados de cerveja, são uma iguaria na Ásia. E também são muito saudáveis. Insetos, principalmente larvas, são uma bomba de energia e proteína. Cem gramas de cupim possuem 610 calorias – mais do que chocolate! Além disso, contêm 30 gramas de proteína e 46 gramas de gordura.
Insetos possuem uma grande quantidade de ácidos graxos insaturados, ferro, gordura, minerais e vitaminas, afirma a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que pretende popularizar receitas culinárias com insetos no mundo inteiro.
Em muitos países, a tradição de comer insetos faz parte da cultura, principalmente na Ásia, África e América Latina. As lagartas da foto são uma iguaria no sul da África, por exemplo. Elas costumam ser cozinhadas, assadas ou grelhadas.
Na Europa e na América, besouros, gafanhotos, larvas e outras criaturas rastejantes são considerados nojentos. No Camboja, as caranguejeiras da foto são muito populares, mas para a maioria das pessoas a ideia de comer essas caranguejeiras causa pavor.
A alta gastronomia internacional também serve insetos. Em restaurantes mexicanos, algumas larvas são apreciadas com guacamole. E para os ousados também há opção na Alemanha, onde alguns restaurantes servem pratos com gafanhotos, larvas e lagartas.
Há milhares de espécies de insetos comestíveis no mundo, entre elas, as abelhas. Esses animais são uma fonte nutricional sustentável, saudável, rica em vitaminas e proteínas e, em grande parte, saborosa. Segundo a FAO, o mundo precisa apenas descobri-la.
Em 2012, pesquisadores analisaram a criação de tenébrios – larvas de besouros também conhecidas como bichos da farinha – em uma fazenda na Holanda a partir de critérios ecológicos. O resultado mostrou que, para a produção de um quilograma de proteína comestível, as fazendas de tenébrios precisam de menos energia e principalmente de muito menos espaço do que as de leite ou gado.
Insetos também faziam parte da culinária alemã antigamente. Até meados do século 20, sopa de besouros do gênero Melolonta era um prato muito apreciado. Provavelmente, o sabor era parecido com o de sopa de caranguejo. Esse tipo de besouro também era cristalizado e vendido em confeitarias.
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