TRISTÃO DA CUNHA ASSOLADA POR INUNDAÇÕES

Mensagem relatando o que aconteceu na semana passada em Tristão da Cunha, a ilha habitada mais isolada do mundo.

"O gongo de pesca soou através do assentamento esta manhã, chamando os pescadores para os seus barcos, espera-se que hoje termine a temporada de pesca.

Na terça-feira, as chuvas começaram novamente e mais casas foram afetadas com a água. À meia-noite houve um trovão ao lado da montanha que abalou algumas casas no oeste.

De manhã cedo, se revelou que havia ocorrido uma grande inundação na ravina Hottentot, que arrastou para baixo, muitos detritos, água e lama.

Na parte oriental da vila o Big Watron (córrego) havia transbordado devido a que parte da ravina Dorkel caiu, novamente havia lama e detritos por toda a grama e uma família trabalhou depois da meia-noite, tentando impedir que a água chegasse a sua casa.

Além das plantações de batatas, a lama e os detritos desceram como uma cachoeira jorrando da montanha. Infelizmente as plantações de Red Hill foram completamente cobertas com pedras e lama e não poderá continuar a ser cultivada.

Na quarta-feira as chuvas clarearam e danos causados pela enchente foram avaliados.

Os homens da ilha formaram grupos e trabalharam duro limpando estradas e tornando as casas à prova d'água.

Isto foi levado a cabo na quinta-feira e sexta-feira. No sábado tivemos mais um dia de chuva, mas felizmente rotineira e embora cachoeiras jorrassem ao lado da montanha, estava tudo muito calmo.

Domingo amanheceu ensolarado e claro... e foi maravilhoso depois de todas as chuvas. Os varais logo estavam cheios e as pessoas foram vistas caminhando rumo às plantações de batata para verificar os animais domésticos e ver as planícies inundadas.

Mesmo que a inundação tenha cobrado um tributo dos habitantes da ilha, estamos otimistas e continuamos vivendo pelo nosso lema 'a nossa fé é a nossa força'."

Mensagem relatando o que aconteceu na semana passada em Tristão da Cunha, a ilha habitada mais isolada do mundo.

Tristão da Cunha

Em um raio de mais de dois mil quilômetros, não há nada além da imensidão do Atlântico.

A ilha de Tristão da Cunha tem uma população de 275 habitantes, é dependência britânica desde 1816 e fica a meio caminho entre o Rio de Janeiro e a Cidade do Cabo (a 3340 quilômetros de um e a 2800 da outra).

O pedaço de civilização mais próximo é Santa Helena, a ilha que serviu de prisão a Napoleão Bonaparte a 2400 quilômetros a norte.

O fato de não ter um aeroporto nem porto de águas profundas tornam o lugar habitado mais isolado do mundo.

O nome é português e remonta o ano de 1506 e ao navegador que, a caminho da Índia, avistou a ilha.

A capital, Edimburgo dos Sete Mares, abriga toda a população, incluindo um policial, um médico e cinco enfermeiros.

Não há propriedade privada, todos participam no trabalho agrícola e a maior fonte de rendimento da pequena economia local é a pesca de lagostas e recentemente, da venda de selos, recordação perfeita de uma viagem ao fim do mundo.

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